Consequências
O álcool é uma droga socialmente permitida. No entanto, o seu consumo excessivo causa inúmeras consequências para a saúde do indivíduo.
O álcool é metabolizado pelo fígado. Contudo, quando ingerido em grandes quantidades, por um longo período de tempo, pode provocar problemas ao nível deste órgão, como por exemplo a cirrose hepática, uma das doenças mais comuns provocadas pelo alcoolismo. Esta doença, caracterizada pelo endurecimento do fígado, provoca a ascite (barriga d'água) e formação de varizes no esófago. Além do fígado, outras partes do organismo podem ser afectadas pelo consumo excessivo de álcool. Este interfere no funcionamento do aparelho digestivo, desenvolvendo irritações na boca e esófago, além de provocar distúrbios gástricos originando-se no estômago úlceras.
De acordo com um estudo realizado no ano 2000 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 5,6% de todas as mortes de homens ocorridas no planeta e 0,6% de mulheres são atribuídas ao consumo de álcool.
A crise económica, o desemprego e os problemas emocionais têm levado um número cada vez maior de pessoas a refugiar-se no álcool. Actualmente, o alcoolismo é considerado um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo.
O tratamento da doença é bastante complexo, uma vez que não pode ser desvinculado das complicações orgânicas e psíquicas do indivíduo. O primeiro passo no tratamento é a desintoxicação do deste, sendo que normalmente é internado em centros de tratamento. Nesta fase pode ocorrer a síndrome de abstinência, caracterizada por uma série de sintomas que aparecem quando a pessoa deixa de beber. Entre estes sintomas destacam-se os tremores, alucinações e alteração do comportamento.
Apesar disto, o consumo de álcool (incluindo a cerveja), em doses moderadas, é capaz de diminuir severamente o surgimento de doenças cardíacas. Um estudo realizado em 1972 pelo epidemiologista Carl Seltzer, da Universidade de Harvard, constatou através dos dados do Framingham Heart Study que o uso moderado do álcool pode ser um agente profilático contra as doenças cardíacas, reduzindo até 40% o risco das mesmas. Além disto, o consumo moderado de cerveja é diurética, uma vez que para quantidades iguais de água e cerveja ingeridas, o organismo excreta bastante mais quando se bebe cerveja. Por outro lado, serve para saciar a sede já que pelo facto de conter mais de 90% de água, a cerveja pode contribuir para as necessidades diárias de água do corpo humano, que são de 1,5 a 2,5 litros. Outros estudos revelam que pode ser benéfica para doentes com problemas coronários ou mesmo para pessoas propensas a terem cancro da mama ou do sistema digestivo. Finalmente, é muitas vezes recomendada por nutricionistas como elemento essencial para uma dieta equilibrada e saudável.
A bebida alcoólica portanto, assim como qualquer outro tipo de alimento, pode ser benéfica ou maléfica ao consumo humano, dependendo da quantidade em que é consumida.